Memória poética...
ÁRVORE VELHA
Raimundo da Costa Ribeiro
Árvore velha, esqueleto apenas,
Chocalhando ao vento.
Fantasma dos passarinhos... Árvore velha, seca,
Miserável, moribunda, resquício de vida.
Quem diria que nesta manhã
Me surpreendesses,
Verde, coberta de folhas,
E toda enfeitada de flores amarelas?
Árvore renovada,
Amiga dos passarinhos,
Filha dos caprichos da natureza.
Te acabrunhas, murchas,
Floresces de novo, e eu envelheço,
Sucumbo, e não floresço mais!...
(RIBEIRO, Raimundo da Costa. Árvore Velha. In: AIRES, Felix. Antologia de Sonetos Piauienses. Brasília: Senado Federal - Centro Gráfico, 1972; p. 191).
Nenhum comentário:
Postar um comentário