sábado, 22 de agosto de 2015


Memória poética...






PIRACURUCA


João Borges de Alcobaça





Entre as flores dos campos ideais,
Cobertas de uma luz esmeraldina,
Se acha o torrão querido em meus pais,
Esse ninho de amor que me ilumina.

Nos prados desse berço de mortais,
O áureo esplendor da aurora matutina,
Bem se assemelha às cores naturais
Dos vergéis enfeitados de bonina.

As àguas claras, o estrelado céu,
E tudo que murmura nesse ninho
É belo e encantador, pois tudo é meu!

Enfim, ele é meu berço de inocência, 
Meu paraíso ideal, o meu carinho,
Sem ter nele a ventura da existência!


(ALCOBAÇA, João Borges de. Piracuruca. In: AIRES, Felix (Org.). Antologia de Sonetos Piauienses. Brasília: Senado Federal - Centro Gráfico, 1972; p. 148)


segunda-feira, 17 de agosto de 2015


Memorial bibliográfico...






LUIZ DE BRITTO MELLO


Por: Augusto Brito



Luiz de Britto Mello nasceu em Piracuruca, Piauí, a 07 de março de 1871. Filho do casal Carlota Roza de Melo e Domingos de Britto Passos. Pelo costado paterno, era neto de Ana Machado de Cerqueira e de Pedro de Britto Passos (Casa do Chafariz); pelo costado materno, neto de Cecília Maria das Virgens e de Onofre José de Melo (Casa do Desterro). 
Casou-se, em cerimônia realizada a 30 de setembro de 1894, com Vicência de Morais Britto, filha de Gervásio de Britto Passos e de Carlota Maria de Morais. Não deixou descendência. 
Produtor rural. Em seu testamento, lavrado em 29.10.1957, constam as seguintes propriedades: "Altamira" (Data Barra do Jenipapo), "Alto da Mira", "Várzea", "Ponta da Várzea" e "Barrocão".  
Militar. Tenente-coronel da Guarda Nacional, por patente assinada por Rodrigues Alves. 
Juiz federal substituto. 
Delegado de polícia.
Político de renome, em Piracuruca. Intendente municipal nas administrações: 1901-1904; 1913-1916; e 1929-1930, sendo destituído, em 04.10.1930, pelo governo da Aliança Liberal. Prefeito municipal, nomeado pelo governador Rocha Furtado, entre 07.05.1947 e 1948. Prefeito municipal, eleito pelo voto direto, na administração 1951-1955. Conselheiro municipal nas legislaturas: 1897-1900; 1905-1908; 1909-1912; 1917-1920; 1921-1924. Vereador na legislatura 1935-1940. Deputado estadual nas legislaturas: 1920-1923; 1924-1927; e 1928-1930. 
Memorialista. Escreveu um texto, intitulado “Dados Sobre a Família Britto”, que fez imprimir e tornar público, pelos idos de 1952. 
Católico convicto, foi membro de movimentos religiosos, tais como a Confraria Vicentina e Apostolado da Oração. 
Sócio protetor do Instituto Histórico, Antropológico e Geográfico Piauiense. 
Faleceu em Piracuruca, Piauí, a 29 de março de 1958. Sepultado no cemitério São Vicente de Paulo.



domingo, 16 de agosto de 2015



Memória documental primária...



TESTAMENTO DE MANOEL DANTAS CORREIA LEGANDO SEUS BENS À VIRGEM N. S. DO MONTE DO CARMO DA FREGUESIA DE PIRACURUCA.


O Cônego Antônio Rodrigues Sodré, Escrivão da Câmara Ecclesiástica do Bispado de Sam Luiz do Maranhão.
Certifico de ordem de S. Ex. Revma, o Sr. Bispo Diocesano que entre vários documentos existentes no cartório a meu cargo, relativos a parochia de Piracuruca, Estado do Piauhy, se encontra a certidão do theor seguinte: "Domingos de Freitas Caldas, escrivão do Publico Judicial e notas e mais anexos nesta Villa de São João da Parnahyba e seu Termo por provisão do Ilm.º Senhor Governador desta Capitania &.
'Certifico que revendo o livro de registro dos Testamentos dos que falecem nesta Freguezia e Termo nelle achei Registrado o solene testamento com que falleceo na Matriz da Piracuruca Manoel Dantas Correia e no mesmo a folhas desaseis verso a Verba de que o requerimento retro faz mensão a qual he da forma maneira e theor seguinte: 'Declaro que pagas as minhas dívidas e satisfeitos meus legados, declaro, nomeio e instituo por minha universal herdeira de todo o restante de meus bens assim moventes como submoventes, a Virgem Nossa Senhora do Monte do Carmo desta Freguezia de Piracuruca Capitania do Piauhy deste Bispado do Maranhão com obrigação de se me dizerem todos os annos na sua Matriz duas Capellas de Missas por minha alma, e o anno para esta obrigação terá seu princípio no dia de minha morte, e quero que para se dizerem prefira sempre o Parocho da Freguezia. Declaro que as duas ditas fazendas Viado e Boqueirão se conservem sempre com o meu ferro e sinal e que tenhão o Título de Fazendas de Nossa Senhora do Monte do Carmo minha universal herdeira como dito tenho e he minha vontade.' E nada mais se continha em ditas verbas Testamentárias que bem e fielmente aqui certifiquei do próprio Testamento que se acha registrado no hum Livro de vistos (sic.) que se acha em meu puder e cartório, ao qual me reporto em todo e por todo e vai certificado na verdade sem cousa que duvida faça, pois com as mesmas verbas esta certidão conferi consertei e assinei nesta Villa de Sam João da Parnaiba aos quatro dias do mez de Janeiro do anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e oitocentos annos: Em fé da verdade. - O Escrivão Domingos de Freitas Caldas.' D, 243' B. 240' Cons 80" - Lopes - E nada mais se continha na referida certidão e ao original me reporto. O referido é verdade e dou fé. Camara Ecclesiastica do bispado de Sam Luiz do Maranhão 16 de setembro de 1896. E eu o Conego Antonio Rodrigues Sodré, Escrivão, a escrevi e assignei. Conego Antônio Rodrigues Sodré. L. S. Visto. Maranhão 17 de Setembro de 1896.


(Piracuruca. O Apóstolo. Teresina. nº 107; Ano III; de 27.06.1909.)                   

sexta-feira, 14 de agosto de 2015


Memória Poética...









ESPELHO DA JUSTIÇA


Monsenhor Roberto Lopes










Olhando o firmamento em tanta luz
Feito pela bondade do Senhor,
Divulgamos, mais belo que as estrelas,
Um lindo espelho em forma de uma flor.

E aquele espelho - símbolo divino -
Lança na terra com os seus cristais
Luz tão bela, tão meiga e radiante
Que livra dos perigos os mortais.

Reflete a fé, o amor - pureza tanta,
O espelho de justiça, a minha santa,
que céus e terra se enchem de alegria;

E se o homem quiser também ser santo,
Da luz daquele espelho faça um manto
E reze com fervor: Ave-Maria...


(LOPES, Roberto. Espelho da Justiça. In: AIRES, Felix (Org.). Antologia de Sonetos Piauienses. Brasília: Senado Federal - Centro Gráfico, 1972; p. 71)

terça-feira, 11 de agosto de 2015


Memoria poética...





UM ÊXTASE


Luiza Amélia de Queiroz Nunes







D'onde vem esta harmonia,
Este encanto, esta magia,
Que me traz a viração?
Este acento de ternura,
Esta melodia pura
Que me falla o coração?

De onde vem! plagas remotas
Atravessaram estas notas
Que me enleiam de prazer?
Esta doçura divina,
Só duma harpa feminina
Se podia desprender!

Oh! sim, esta voz tão bella,
É a voz d'uma donzella,
E d'um anjo seductor!
E d'um sentir delicado,
Que se expande apaixonado
Com singeleza e pudor.

Há n'ella suave encanto,
Que seduz, que causa espanto,
E commove o coração!
Uma celeste cadencia,
A transpirar innocencia,
Muito amor, muita paixão!

Sereia, mulher, archanjo,
Sylpho, cherubim, ou anjo,
Quem és tú pra assim cantar?
Quem te deu esta harmonia,
Esta vaga melodia,
Que ninguém sabe imitar?

Quem te poz o dom da graça
Na phrase simples que enlaça
E nos prende o coração?
Em que fonte peregrina,
As foste beber, menina,
Tão sublime inspiração?

Quem pode tão meiga lyra,
Quando em cânticos suspira
Indifferente escutar?
Quem pode mesmo sem ver-te,
Deixar de amar e querer-te,
Em ti o bello adorar?!


Parnahyba, 14 de março de 1873.


(NUNES, Luiza Amélia de Queiroz. Flores Incultas. Parnahyba: Typ. Paiz Imp. M. F. V. Pires, 1875; p. 215-217).






sábado, 8 de agosto de 2015



Memória poética...






SAUDADE


Da Costa e Silva











Saudade! Olhar de minha mãe rezando,
E o pranto lento deslizando em fio...
Saudade! Amor de minha terra... O rio
Cantigas de águas claras soluçando.

Noites de junho... O caburé com frio,
Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando...
E, ao vento, as folhas lívidas cantando
A saudade imortal de um sol de estio.

Saudade! Asas de dor do pensamento!
Gemidos vãos de canaviais ao vento...
Ai! Mortalhas de névoa sobre a terra...

Saudade! O Parnaíba - velho monge
As barbas brancas alongando... E, ao longe,
O mugido dos bois da minha terra.


(SILVA, Antônio Francisco da Costa e. Sangue. 1908)

Memorial biográfico...






ANÍSIO DE BRITO MELO    

Por: Augusto Brito



         Anísio de Brito Melo nasceu em Piracuruca, Piauí, a 26 de setembro de 1886. Filho de Antonino de Brito Melo e de Leonilia de Brito Melo. Pelo costado paterno, descende de Pedro de Britto Passos e de Ana Machado de Cerqueira (Casa do Chafariz), bem como de Onofre José de Melo e de Cecília Maria das Virgens (Casa do Desterro).   
       Em Piracuruca, foi aluno do professor Fernando Pereira Bacelar, o "Mestre Velho". Graduou-se em odontologia no Rio de Janeiro. 
        Casou-se com Carlota de Morais Brito, filha de Pedro Melchíades de Morais Brito e de Carlota de Morais Brito. Não deixou descendência.
         Militar. Recebeu carta-patente de capitão cirurgião do 74º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, na Comarca de Piracuruca, em 1910, assinada pelo então presidente da República Hermes da Fonseca. 
       Professor de História no Liceu Piauiense e na Escola Normal. Dirigiu o Liceu Piauiense por quatro vezes e a Instrução Pública do Estado do Piauí (atual Secretaria de Educação) nos governos de João Luis Ferreira (1920-1924), Matias Olímpio de Melo (1924-1928), Landri Sales (1931-1935) e Leônidas de Castro Melo (1935-1945). Diretor da Biblioteca e do Arquivo Público, instituição esta que, hoje, tem o seu nome: "Casa Anísio Brito" 
         Historiador piauiense de renome. Segundo a crítica, especialmente A. Tito Filho, Anísio era um "[...] verdadeiro, exclusivo historiador científico do Piauí, aquele que serviu de luz, aquele que serviu de farol a todos os outros que lhe sobrevieram". Publicou as seguintes obras: "O Piauí no Centenário de sua Independência"; “Contribuição do Piauí na Guerra do Paraguai”; “O município piauiense”; “A quem Pertence a Prioridade Histórica do Descobrimento do Piauí”; “Adesão do Piauí à Confederação do Equador”; “Independência do Piauí”; “Os Balaios no Piauí”; “Do Ensino Primário”; “Ligeiras Notas Sobre o Jornalismo no Piauí”; “Fazendas Nacionais no Piauí”; “Ligeiras Notícias Sobre o Ensino no Piauí”; “A Reforma Atual e o Ensino Público”; e outras. Deixou as seguintes obras inéditas: “História do Piauí” e “Páginas Piauienses – Leitura Subsidiária Para as Escolas de Parnaíba” (concluído em 1928). 
         Sócio-fundador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Sócio efetivo do Instituto Histórico, Antropológico e Geográfico Piauiense. Patrono da Cadeira nº 34 da Academia Piauiense de Letras (APL). Patrono da Cadeira nº 01 da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC).
         Político. Conselheiro municipal de Teresina. 
         Faleceu em Teresina, Piauí, a 17 de abril de 1946.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015



Memória Documental Primária...



CARTA DE DATA DE SESMARIA DO SITIO NOVO, RIO PIRACURUCA, CONCEDIDA A MIGUEL RODRIGUES DA SILVA, EM 20.07.1739   


João de Abreu de Castel Branco do conselho de Sua magestade governador e Capitao’ General do Estado do Maranham. Faço Saber aos que esta minha Carta de Datta e Sexmaria virem que Miguel Roiz da Silva me Reprezentou que elle possuhia huma fazenda de gado vacum no Citio novo assim chamado no Rio Piracurucca e por ele assima; principiando nas testadas da fazenda de São João em diante; Cuja povoação foi fabricada há vinte annos; e porque pertendia possuir o dito Citio com justo título; me pedia fosse servido Conceder lhe por Datta de Sexmaria três legoas de terra de Comprido e huma de largo no citio sobredito ao que atendendo, e a resposta do Provedor mor da Fazenda Real a quem se deo vista, a Ser em utilidade da mesma [fazenda] o cultivaremse as terras neste Estado. Hey por bem con[ceder] lhe em nome de Sua magestade por Datta e Sexmaria três legoas de terra de comprido e huma de Largo no citio e com as confrontacoens assim declaradas e com a de não fazer traspaço por meyo algú em nenhum tempo a pessoa algua Religiaó ou Comunidade sem que primeiro de parte na Caza da Fazenda ao Provedor mor della para se me fazer prezente e ver se deve ou nao’ consentir no tal traspasso sob-pena de ficar nulla esta Datta para se poder conceder novamente a outrem e nesta forma se lhe passa carta para que o ditto Miguel Roiz da Silva haja logre e possua as ditas terras como couza sua propria para elle e todos os seus erdeiros ascendentes, e descendentes, sem pençao’ nem tributo algum mais que o dizimo a Deoz Nosso Senhor dos frutos que nellas tiver a qual concessao’ lhe faço nao’ prejudicando a terceiro nem a Sua majestade Se no dito Citio quizer mandar fundar alguma villa Rezervando os paos Reaes que nelas ouver para embarcações; com declaraçao’ que mandarâ Confirmar esta datta por Sua magestade dentro de tres annos primeyros seguintes e Cultivarâ as ditas terras de maneyra que dem frutos e dará Caminhos publicos e particulares aonde forem necessarioz para pontes [fontes], portos, e pedreiras, e Se demarcarâ ao tempo da posse por Rumo de Corda, e braças craveiras como he estilo e Sua magestade manda; e outro Sim, não’ Succederao’ nelas Religioens nem pessoas Eccleziasticas por nenhú titulo que seja; e acontescendo possuillas será com o encargo de pagarem dellas dizemos a Deos Como se fossem possuidas por Seculares, e faltando a qualquer destas Clauzulas, se haverao’ as ditas terras por devolutas, e se darao’ a quem as denunciar como o dito senhor ordena. Pello que mando ao Provedor mór da Fazenda Real mais Ministros e pessoas a que tocar que na forma Refferida deichem ter e possuir as ditas terras ao dito Miguel Roiz da Silva para elle e todos os Seus erdeiros ascendentes, e descendentes, Cumprao’ e guardem esta minha Carta de Data e Sexmaria tao inteyramente Como nella Se continhem a qual lhe mandey passar por mim assignada, e selada com ó Signete de minhas armas que se Registrarâ aonde tocar e Se passou por duas vias. [Dada] na Cidade de São Luis [do] Maranhao’ aos vinte dias do mês de Julho anno [do] nascimento de Nosso senhor Jesuz Christo de mil settecentos trinta e nove. E eu Jozé Glz’ [da] Foncecca Secretario do Estado a fiz escrever.



(PARÁ. Arquivo Público do Pará. Carta de Data de Sesmaria concedida a Miguel Rodrigues da Silva. Livro nº 09, documento nº 205, fls. 139-V, de 20.07.1739).





Memória em vídeo...





HINO DO PIAUÍ


Letra: Antônio Francisco da Costa e Silva

Música: Firmina Sobreira Cardoso e Leopoldo Damascena Ferreira



Salve a terra que aos céus arrebatas
Nossas almas nos dons que possuis
A esperança nos verdes das matas
A saudade das serras azuis...

Piauí, terra querida
Filha do Sol do Equador
Pertencem-te a nossa vida
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba
Rio abaixo, rio arriba
Espalham pelo sertão
E levam pelas quebradas
Pelas várzeas e chapadas
Teu canto de exaltação...

Desbravando-te os campos distantes
Na missão do trabalho e da paz
A aventura de dois bandeirantes
A semente da pátria nos traz...

Piauí, terra querida
Filha do Sol do Equador
Pertencem-te a nossa vida
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba
Rio abaixo, rio arriba
Espalham pelo sertão
E levam pelas quebradas
Pelas várzeas e chapadas
Teu canto de exaltação...

Sob o céu de imortal claridade
Nosso sangue vertemos por ti
Vendo a pátria pedir liberdade
O primeiro que luta é o Piauí...

Piauí, terra querida
Filha do Sol do Equador
Pertencem-te a nossa vida
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba
Rio abaixo, rio arriba
Espalham pelo sertão
E levam pelas quebradas
Pelas várzeas e chapadas
Teu canto de exaltação...

Possas tu no trabalho fecundo
E com fé, fazer sempre melhor
Para que no concerto do mundo
O Brasil seja ainda maior...

Piauí, terra querida
Filha do Sol do Equador
Pertencem-te a nossa vida
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba
Rio abaixo, rio arriba
Espalham pelo sertão
E levam pelas quebradas
Pelas várzeas e chapadas
Teu canto de exaltação...

Possas tu conservando a pureza
Do teu povo leal progredir
Envolvendo na mesma grandeza
O passado, o presente e o porvir!

Piauí, terra querida
Filha do Sol do Equador
Pertencem-te a nossa vida
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba
Rio abaixo, rio arriba
Espalham pelo sertão
E levam pelas quebradas
Pelas várzeas e chapadas
Teu canto de exaltação.



  

quinta-feira, 6 de agosto de 2015


Memória poética...







TEU RETRATO II


Assis Fortes









Sei que entendeste,
Sei que compreendeste,
Eu não tive a intenção
De magoar teu coração.
Não quis ofender, de fato,
O teu airoso retrato
Que, com porte e majestade,
Refletia, na verdade,
A pureza e a bondade
De alguém que amou tanto
Mas que, ouvindo outro canto,
Deixou o meu peito em pranto,
Maltratado pela dor,
Por aquilo que fizeste,
Pela topada que deste
No caminho do amor,
E eu, decepcionado,
Humilhado, irritado,
Não aceitei o pedido
Que, pra mim, não fez sentido,
De desculpas, de perdão,
De reconciliação.
Não soube avaliar
A tua inexperiência
E, do meio, a influência
Que te levou a outra estrada
E deixou-me em estacada,
Atônito, sem opção,   
Sangrando o coração,
Embora fosses, querida,
O amor da minha vida,
Preferi a despedida.
Retiro, então, a ofensa,
Se é que ofensa fiz,
Ao retrato sorridente
Que um dia me falou
De carinho, de amor,
Mas depois, indiferente,
Ficou sisudo e silente.
Meu peito é chama de amor,
Não guarda ódio, rancor,
De tua fotografia,
Do teu retrato airoso,
Do teu sorriso formoso.
Desejo que "teu retrato"
Siga o caminho, de fato,
Do bem, do amor, da verdade,
Da própria felicidade.

Balsas, Maranhão, 22 de julho de 1984.


(FORTES, Assis. Minha terra, meus poemas. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 1989; p. 85).   





Cultura, memória e história em pesquisa...













FENÍCIOS EM SETE CIDADES, SEGUNDO LUDOVICO "CHOVENÁGUA"


Augusto Brito



No norte do Estado do Piauí, em terras do Município de Piracuruca, limitando com o contíguo Município de Brasileira, há um conjunto de monumentos naturais, em rochas areníticas, moldado pela ação erosiva pluvio-diferencial ao cabo de milhões de anos, que, em face da separação casual das pedras em sete blocos mais ou menos distintos, recebeu a denominação de “Sete Cidades”, compondo, hoje, o parque nacional[1] de mesmo nome.
O aglomerado lítico, de aspecto colossal, sempre despertou e continua a despertar grande curiosidade, incitando a imaginação da população local e de visitantes. Muitas são as representações que têm inspiração naquele ambiente inusitado e misterioso. Tais manifestações vão desde simples representações de lendas populares, desenvolvidas pelos antigos moradores da região e transmitidas oralmente, ou em forma de contos, até hipóteses bem articuladas e argumentadas, a exemplo da descrição de Jácome Avelino, sob o título de “Cidade Petrificada no Piauí”,[2] da tese formulada por Jacques Mahieu,[3] em sua obra “Os Vikings no Brasil”,[4] ou, ainda, da postulação de Erich von Daniken,[5] defendida em “Semeadura e Cosmo”.[6] Nenhuma dessas alusões, no entanto, poderá ser comparada à tese defendida por Ludwig Schwennhagen,[7] ao relatar a presença de navegantes fenícios e, com a contribuição deles, de outros povos antigos em terras brasileiras, há mais 3.000 anos atrás.
Desde a muito, diversos são os questionamentos que têm sido levantados acerca dos créditos para o achamento de terras a oeste do continente europeu. As discussões nesse âmbito colocam em xeque a primazia das esquadras de Cristóvão Colombo[8] e de Pedro Álvares Cabral,[9] esses, sob as bandeiras dos reinos espanhol e português, respectivamente, no alvorecer da Idade Moderna, sob o pretexto de encontrar um caminho marítimo para as Índias. A propósito, já é consenso, nos dias de hoje, entre muitos, de que o termo “achamento” ou “descobrimento” deverá ser substituído por “apossamento” ou “ocupação social” dessas terras, para fins econômicos e políticos.    
 Já na Antiguidade, muitos são os relatos de viagens à procura de terras e civilizações para além das “Colunas de Hércules”. Entre os escritos de Platão,[10] mais especificamente em “Crítias”,[11] pode ser encontrada uma proposição para a existência da lendária ilha de Atlântida. Também Diodoro,[12] em sua “História Universal”,[13] faz menção a tais terras. Ainda os romanos empreendem buscas pela “Insula Septem Civitatum” (Ilha das Sete Cidades), como é noticiado em um escrito, em latim, encontrado em Porto-Cale (atual cidade do Porto, Portugal), datado do ano de 740.
Nas páginas de “1421, o ano em que a China descobriu o mundo”[14], o inglês Gavin Menzie[15] apresentou o resultado de anos de pesquisas em que foram comprovadas, documentalmente, as viagens de uma excepcional frota de juncos chineses pelas costas da África, Europa e Américas, capitaneada pelo comandante eunuco Zeng He, por  ordem do imperador Zhu Di, há pelo menos setenta anos antes das viagens e “descobertas” de Colombo.    
Mais de cinco décadas depois, em 1473, Fernando Telles[16] apresentou ao então rei de Portugal, d. Afonso V,[17] o mapa de um extenso litoral, que identificou como sendo da “Ilha das Sete Cidades”, a que recebeu sua doação, por Carta Régia, em 1475. O referido mapa – em que é descrito, com riqueza de detalhes, a costa do atual Estado do Maranhão até o delta do rio Parnaíba – foi referendado pelo matemático e geógrafo italiano Paolo Toscanelli.[18] Com a morte de Telles, seu genro, Fernando Ulmo,[19] associou-se a João Afonso de Estreito e conseguiu de d. João II,[20] em 1485, nova carta de doação e a promessa de ajuda para explorar as “ilhas e terras firmes das Sete Cidades”. Há fortes indícios históricos de que Ulmo e seus companheiros aportaram na costa brasileira por diversas vezes. Ao retornar de uma das suas viagens, ele teria declarado ao governo português: “A ilha das Sete Cidades é um grande país, com muitas ilhas e terras firmes, com uma antiga cidade de sete divisões”. 
Nos anos que principiaram o século XX, Ludwig Schwennhagen, se embrenhou pelas selvas do Norte e pelos sertões do Nordeste brasileiros, à cata de subsídios para a formulação de uma surpreendente tese. Com efeito, no ano de 1928, o austríaco publicou a primeira edição de sua “Antiga História do Brasil (de 1.100 a. C. a 1.500 d. C.)”, levada à prelo pela Imprensa Oficial do Piauí, cujos poucos exemplares ainda existentes são considerados raridades. A obra foi reeditada, sob o patrocínio do Governo do Estado do Piauí, sob o título “Fenícios no Brasil: Antiga História do Brasil – De 1.100 a. C. a 1500 d. C.”,[21] nos anos de 1976 e 1986, com apresentação de Moacir Costa Lopes[22].
  A escrita da história é concebida por muitos historiadores da atualidade como sendo uma narrativa de eventos, dentre os quais Paul Veyne, ao refletir que

[...] Já que é, de fato, uma narrativa, ela não faz reviver esses eventos, assim como tampouco o faz o romance; o vivido, tal como ressai das mãos do historiador, não é o dos atores; é uma narração, o que permite evitar alguns falsos problemas. Como o romance, a história seleciona, simplifica, organiza, faz com que um século caiba numa página, e essa síntese da narrativa é tão espontânea quanto a da nossa memória, quando evocamos os dez últimos anos que vivemos.[23]

Sem a pretensão de reviver, mas de revisar e atualizar o conteúdo histórico, Schwennhagen, em sua narrativa, seleciona os principais fatos por ele pesquisados, simplificando e organizando tais eventos para, em um pequeno volume, sustentar que navegadores fenícios - e, com eles, também colonizadores de outras nações antigas - estiveram por vários pontos do Brasil, a partir de 1100 a.C. Dentre as principais evidências dessa estada, a obra menciona diversas inscrições país afora, tais como a encontrada no município de Pouso Alto, Paraíba, em que, conforme a tradução realizada por Cyrus Gordon[24], é informada a origem dos exploradores e descrita, brevemente, sua viagem:

Somos filhos de Canaã, de Sidon, a cidade do Rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos uma jovem aos deuses e deusas exaltados no ano 19 do Hiran, nosso poderoso pai. Embarcamos em Ezion Geber, no Mar Vermelho e viajamos em dez navios. Permanecemos no mar, juntos, por dois anos em volta da terra pertencente a Ham, mas fomos separados por uma tempestade e afastamo-nos de nossos companheiros. E assim aportamos aqui, doze homens e três mulheres, numa nova praia que eu, almirante, controlo. Mas, auspiciosamente passam os exaltados deuses e deusas a interceder em nosso favor.[25]

Na Pedra da Gávea, Rio de Janeiro, também há inscrições que, decifrados os seus caracteres fenícios e transliterados para a língua portuguesa, registra: “Tiro, Fenícia, Badezir primogênito de Jethabaal”.[26] A história dos povos antigos da Ásia corrobora os dados acima apresentados: Sidon era uma antiga cidade da costa do mar Mediterrâneo; Hiran I[27] foi rei de Tiro, contemporâneo dos reis bíblicos Davi[28] e Salomão[29]; Ezion-Geber[30] é importante porto de entrada para a África e para o extremo Oriente, citado na Bíblia (Reis I, 9:26); Jethabaal reinou na Fenícia, no período de 887 e 856 a.C., e Badezir, seu filho e sucessor, entre 855 e 850 a.C.   
Segundo as afirmações de Schwennhagen, os fenícios, povo de origem semítica que ocupou o corredor Sírio - exímios marinheiros e comerciantes – fundaram, desde o litoral sul do Mediterrâneo até o Atlântico, diversas cidades e feitorias, visando a manutenção de contatos de negócios com diversos outros povos. Dentre os muitos relatos, uma célebre aliança entre Hiran I e Salomão, para o fornecimento de matéria prima para a construção de seu templo. Tendo descoberto, casualmente, a “Pindorama”,[31] passam a explorá-la economicamente. Para viabilizar tal empreitada, estabelecem, habilmente, relações amistosas e intercâmbios com os primitivos habitantes da terra, possibilitando que dela possam extrair diversos materiais, ali encontradas em abundância, muitos dos quais já raros ou esgotados no Velho Mundo. Assim, exploram, em várias frentes, pedras e metais preciosos, bem como madeira-de-lei, que são vendidas aos hebreus e utilizados na edificação do bíblico palácio[32].
 Também aos egípcios os fenícios forneceram diversos produtos extraídos no continente sul-americano, entre os quais o salitre, utilizado largamente no processo de embalsamamento de seus mortos, e matéria-prima para a manufatura de tecidos, vidros, joias, etc.
Conforme os escritos do notável professor - cujo nome germânico “Schwennhagen” foi traduzido para o piauiês, em alusão jocosa, passando a ser pronunciado como “Chovenágua” - os fenícios fizeram uso de um porto marítimo natural, a que batizaram de “Tutóia”[33], segundo o autor, em provável alusão conjunta às antigas cidades de Tur e Tróia, a partir do qual ingressaram no Delta do rio Parnaíba[34] e passaram a explorar a região que corresponde ao norte do Piauí, atualmente.  Por aquelas paragens, há cerca de 180 km da foz, descobriram uma “cidade”, construída pela natureza, dividida em sete partes, a que batizam de Sete Cidades.  O local foi escolhido para sediar uma escola de sacerdotes Piagas, originários do povo Cário,[35] adoradores do deus “Pan” (possível origem do termo “Tupã” de nossos nativos). Os fenícios trouxeram esse grupo de magos da Ásia Menor, interessados que estavam na colonização das novas terras e no controle político e religioso de sua população. Assim, de acordo com “A Antiga História do Brasil”, o conjunto monumental petrificado das Sete Cidades, no “Piagüi” (terra dos Piagas), passou a sediar a “Ordem e o Congresso Nacional dos Povos Tupis”. No centro da “terceira cidade”, segundo a descrição do pesquisador, há um castelo, dividido em três partes:

O primeiro salão era o lugar do Congresso, isto é, da reunião dos delegados e deputados; o segundo salão era a sede do supremo morubixaba, isto é, o governador eleito como chefe de todas as tribos para um certo prazo; o terceiro, pátio amplo onde o Sumé, assistido pelos Piagas, administrava suas funções religiosas. Ali está a grande estátua do sacerdote chefe, de escultura primitiva, e, a um lado, vê-se a suposta biblioteca, um lote de pedras lisas e finas, cortadas simetricamente.[36]

As incursões fenícias pelo continente americano só cessaram, de acordo com “Chovenágua”, por volta de 146 a. C., com a destruição de Cartago[37] pelos romanos. O historiador Heródoto[38], que registrou a epopeia fenícia de circunavegação do litoral do continente africano, também relatou viagens de cartagineses a um distante país, além dos oceanos. O declínio da civilização que se desenvolveu sob a orientação da Ordem dos Sacerdotes Piagas, com sede nas Sete Cidades, se deu, provavelmente, em período posterior, motivado, dentre outros, por lutas internas visando o controle político e, ainda, por dificuldades de administração do extenso território, povoado por inúmeras etnias. As nações confederadas em torno da Ordem Cária acabaram sendo dissipadas, estabelecendo-se diversos outros centros de poder. Nessa dispersão tupiniquim, os Tabajaras[39] e outros grupos, por exemplo, se fixaram entre o rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba, nas terras livres dos Tapuias. Os Tupinambás[40], por sua vez, se estabeleceram em vários pontos da região central e da Amazônia. A partir de então, sem a necessária orientação, esses inúmeros grupos iniciaram um retrógrado e intermitente processo de divisões e fusões culturais, ao cabo de vários séculos, até a chegada das naus portuguesas, na costa da Bahia, em abril de 1500.       
Sobre Ludwig Schwennhagen e sua estada no Piauí, o escritor Moacir Costa Lopes resgata alguma memória dos teresinenses a seu respeito, àquela época:

Por aqui passou esse alemão calmo e grandalhão que ensinava história e bebia cachaça nas horas de folga, andava estudando umas ruínas pelo Estado do Piauí e outros do Nordeste, e que chegou a Teresina no primeiro quartel deste século, não se sabe de onde, e morreu sem deixar rastro, não se sabe de quê, e andava rabiscando uns manuscritos sobre a origem da raça Tupi, lendo tudo o que era pedra espalhada por aí. Seu nome é tão complicado que muitos o chamavam Chovenágua.[41]

Também o escritor Vitor Gonçalves Neto,[42] na dedicatória de seu livro “Roteiro das Sete Cidades”, assim se refere:
À memória de Ludovico Schwennhagen – professor de História e Filologia que, em maio de 1928, defendeu a tese meio absurda de que os fenícios foram os primeiros habitantes do Piauí. Em sua opinião, as Sete Cidades serviram de sede da Ordem e do Congresso dos povos tupis. Nasceu em qualquer lugar da velha Áustria de ante-guerras. Morreu talvez de fome aqui n’algum canto do Nordeste do Brasil. Orai por ele.[43]

Mais adiante, quando da descrição da 2ª cidade, Neto transcreve o discurso de seu companheiro de viagem, um certo Assunção, em que diz:

Seu mano, sei que você nunca leu o Ludovico Schwennhagen. Foi um maluco que apareceu por estas bandas ao tempo do governo do hoje senador Matias Olímpio de Melo. Aproveitaram-no como professor de alemão no velho Liceu Piauiense e imprimiram sua Antiga História do Brasil – de 1.100 antes de Jota Cristo até 1.500 de nossa era.[44]   
              
A síntese das pesquisas desenvolvidas por Schwennhagen busca estabelecer verdades para fatos que aconteceram no espaço geográfico brasileiro, em tempos milenares. Tais fatos prosseguem a reclamar o reconhecimento de sua legitimidade e a exigir sua inserção na escrita da história dita oficial. Recorrendo, ainda, aos estudos de Veyne, a favor da tese do notável professor de filologia há um entendimento teórico que propõe o conceito de “natureza lacunar da história”. Nele, o autor reflete que

[...] Por baixo da superfície tranquilizadora da narrativa, o leitor, a partir do que diz o historiador, da importância que parece dar a esse ou aquele tipo de fatos [...], sabe inferir a natureza das fontes utilizadas, assim como as suas lacunas, e essa reconstituição acaba por tornar-se um verdadeiro reflexo; ele adivinha o lugar de lacunas mal preenchidas, não ignora que o número de paginas concedidas pelo autor aos diferentes momentos e aos diversos aspectos do passado é uma média entre a importância que esses aspectos têm a seus olhos e a abundância da documentação; [...].[45]      

Sob essa ótica, a tese implícita na narrativa do pesquisador austríaco, apesar das evidências, ainda não conseguiu preencher a lacuna em que povos do Velho Mundo frequentaram e exploraram o continente americano bem antes de navegadores chineses e europeus no fim da Idade Média e início da Idade Moderna. No curso das décadas que se sucederam à sua divulgação até os dias de hoje, a postulação de Schwennhagen acaba perdendo seu cunho histórico e científico, transformando-se em relato curioso, mítico ou mesmo absurdo.
Muito embora a publicação da “Antiga História do Brasil” se encontre listada, no julgamento de Tavares,[46] entre os “100 Fatos do Piauí no Século XX”,[47] o seu conteúdo ainda permanece desconhecido da maioria e à margem dos compêndios da história oficial, brasileira e piauiense. Pode-se entender que somente iniciativas provenientes da comunidade acadêmica da área, objetivando divulgar e rediscutir o tema, conseguirá suscitar o interesse das atuais e futuras gerações, e, por consequência, viabilizar a realização de novos estudos e pesquisas. Uma possível confirmação da presença fenícia e de outros povos antigos, desde há mais três milênios, por terras do Brasil e, em particular do Piauí, além de provocar a revisão de boa parte da escrita da história, fará, finalmente, justiça ao legado precioso de Ludovico “Chovenágua”.




[1]O Parque Nacional de Sete Cidades foi criado pelo Decreto Federal nº 50.744.
[2]AVELINO Jácome. Cidade Petrificada no Piauí, In: BITENCOURT, Jureni Machado. Apontamentos Históricos da Piracuruca. Teresina: Comepi, 1989; p. 189-190.
[3]Jacques de Mahieu (1915-1990), antropólogo francês.
[4]MAHIEU, Jacques. Os Vikings no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
[5]Erich Anton Paul von Daniken (1935), escritor suíço, que, com suas obras, popularizou a tese do paleo-contato.
[6]DANIKEN, Erich von. Semeadura e Cosmo. 1973.
[7]Ludwig Schwennhagen, austríaco. Pesquisador, historiador e professor de filologia. Membro da Sociedade de Geografia Comercial de Viena.
[8]Cristóvão Colombo (1451-1506), navegador Genovês. Liderou a esquadra que chegou à ilha de Santo Domingo, nas Antilhas, em 12.10.1492.
[9]Pedro Álvares Cabral (1467-1520), navegador Português. Chegou à costa do Brasil, com sua esquadra, em 22.04.1500.
[10]Platão (429-347 a. C.), filósofo grego, discípulo de Sócrates.
[11]Diálogo de Platão que parece ser a continuação de “A República” e de “Timeu”. 
[12]Diodoro (século I a. C.), escritor siciliano que viveu em Roma no tempo do imperador Julio César. Escreveu sua História Universal, com 45 volumes, dos quais um terço, apenas, chegou até os nossos dias.
[13]DIODORO. História Universal. 5º Livro; capítulos 19 e 20.
[14]MENZIE, Gavin. 1421 – O ano em que a China descobriu o mundo. 7ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
[15]Gavin Menzie (1937), oficial aposentado da Marinha Britânica.
[16]Fernando Telles, navegador açoriano.
[17]Afonso V (1432-1481), rei de Portugal entre 1438 e 1481.    .
[18]Paolo dal Pozzo Toscanelli (1397-1482). Matemático, astrónomo e geógrafo italiano.
[19]Fernando Ulmo, navegador português, genro de Fernando Telles.
[20]D. João II (1455-1495). Rei de Portugal entre 1481 e 1495.    .
[21]SCHWENNHAGEN, Ludwig. Fenícios no Brasil (Antiga História do Brasil – De 1100 a. C. 1500 d. C.). Rio de Janeiro: Editora Cátedra, 1986.
[22]Moacir Costa Lopes (1927-2010). Romancista brasileiro.
[23]VEYNE, Paul. Como se escreve a História; Foucault revoluciona a História. Brasília: UnB, 1998; p. 19.
[24]Cyrus Herzl Gordon (1908-2001), pesquisador e professor americano. Lecionou na Brandeis University, em Boston, e na Universidade de Nova York, (EUA).
[25]GORDON, Cyrus. Apud: SCHWENNHAGEN, Ludwig. p; 15.
[26]SCHWENNHAGEN, Ludwig. Fenícios no Brasil (Antiga História do Brasil – De 1100 a. C. 1500 d. C.). Rio de Janeiro: Editora Cátedra, 1986; p. 16.
[27]Hiran I (969-935 a. C.). Rei da Fenícia.
[28]Davi (1040?-970 a. C.), rei de Judá, entre 1010 a. C. e 1003 a. C., e do reino unificado de Israel entre 1003 a. C. e 971 a. C.
[29]Salomão (?-931 a. C.), terceiro rei de Israel entre 971 e 921 a. C.
[30]Ezion-Geber é, hoje, o balneário de Eliat, Estado de Israel.
[31]Pindorama é o nome indígena para o território do atual Norte do Brasil, a partir do Estado do Maranhão.
[32] O Templo de Jerusalém foi construído pelo rei Salomão.
[33]Tutóia é um município brasileiro do Estado do Maranhão, localizado na Mesorregião Norte maranhense, Microrregião Lençóis Maranhenses.
[34]O Delta do rio Parnaíba se localiza entre os Estados do Maranhão e Piauí, é o único delta em mar aberto das Américas.
[35]Chamavam-se “cários” um povo que viveu na região oeste da Ásia Menor, estendendo-se ao longo da costa da Jônia, de Mícale, para o sul até a Lícia, e para o leste até a Frígia.
[36]SCHWENNHAGEN, Ludwig. Fenícios no Brasil (Antiga História do Brasil – De 1100 a. C. a 1500 d. C.). 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Cátedra, 1986; p. 99-100.
[37]A cidade de Cartago foi capital de uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do lago de Túnis.
[38]Heródoto (485?-420 a. C.) é conhecido como o “Pai da História”, por ter sido o primeiro escritor a utilizar o termo, na antiguidade. Escreveu a obra “As Histórias”.
[39]Os Tabajaras integravam uma nação indígena que habitou o Estado brasileiro do Ceará, especialmente a região da serra da Ibiapaba.
[40]Os Tupinambás eram uma nação indígena que habitava duas regiões brasileiras distintas: da margem direita do rio São Francisco ao Recôncavo Baiano e do litoral sul do atual estado do Rio de Janeiro ao litoral de São Paulo.
[41]LOPES, Moacir Costa. In: SCHWENNHAGEN, Ludwig. Fenícios no Brasil (Antiga História do Brasil – De 1100 a. C. a 1500 d. C.). 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Cátedra, 1986; p. 11-12.
[42]Vitor Gonçalves Neto (1925-1989), cronista, romancista, poeta, jornalista e folclorista piauiense.
[43]GONÇALVES NETO, Vitor. Roteiro das 7 Cidades. Teresina: Edições Aldeias Altas, 1963; p. 17.
[44]GONÇALVES NETO, Vitor. Roteiro das 7 Cidades. Teresina: Edições Aldeias Altas, 1963; p. 70-71.
[45] VEYNE, Paul. Como se escreve a história; p. 26-27.
[46]Zózimo Tavares, escritor e jornalista piauiense.
[47]TAVARES, Zózimo. 100 Fatos do Piauí no Século XX. Teresina: 2000. 




(BRITO, Augusto. Fenícios em Sete Cidades, segundo Ludovico "Chovenágua". O Piagüi Culturalista. Parnaíba; parte 1: nov. 2009, p. 14; parte 2: dez. 2009, p. 14; parte 3: jan. 2010, p. 14; Artigo revisado, atualizado e acrescido.