Memória poética...
PRESSENTIMENTO
Hermínio dos Santos Conde
Oh! Que eu não possa eternizar-te o nome,
Minha filha dilecta, estremecida!...
Que eu haja de findar a curta vida
Nesta lucta feral que me consome!...
Não é morrer que eu sinto. A morte assome
Venha ante mim a horrível homicida,
Não tremerei sequer; a fronte erguida,
Bem calmo, deixarei que faute a fome.
O que me doe, o que punge na alma
Fundo, bem fundo, o que me rouba a calma,
Meu horrível martírio sem igual...
É que, na idade em flor da adolescência,
Eu tenha de acabar minha existência,
Sem haver realizado meu ideal!
(CONDE, Hermínio dos Santos. Pressentimento. Manuscrito de próprio punho do autor; sem local e sem data).
Caro Augusto,
ResponderExcluirParabéns por seu blog.
Sou bisneto do Hermínio e possuo o soneto original, que publiquei em meu blog: http://caveab.blogspot.com/2011/08/entre-filhos-e-pais.html
Apenas gostaria de fazer umas breves correções: "que farte a fome"; "o que me punge na alma"; e " num horrível martyrio sem igual". Saudações!