segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Memória Poética

  






SAUDADE MALTRATA 


Assis Fortes

(Piauiense de Esperantina)











Minha Esperantina, cidade querida,

Tu és minha vida, te amo, te amo!

E, longe, reclamo viver distante do teu chão.

Saudade constante me oprime o coração.



Minha Esperantina, recordo, me lembro

Do mês de setembro, também de janeiro.

O teu povo ordeiro, em festas de fervor e oração,

Suplicando `à virgem e a São Sebastião.



Minha Esperantina,

Saudade não mata,

Mas sempre maltrata

Um apaixonado coração.

Minha esperantina,

Te amo de verdade,

Querida cidade,

Não te esqueço, não!



A banda tocando na porta da Igreja,

O povo festeja e vai ao leilão.

Não é paranoia e, sim, real recordação.

Parece que acordo, mas não é sonho. Não.



É pura lembrança da vida concreta

Que está bem discreta no meu pensamento.

E, a cada momento, me sinto a criança que vivi

E, sempre lamento morar longe de ti.







Teresina, 20 de janeiro de 2002.



(FORTES, Assis. Coisas da Vida. Teresina: Edição do autor, 2007; p. 122).

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