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Memória Poética |
SAUDADE MALTRATA
Assis Fortes
(Piauiense de Esperantina)
Minha
Esperantina, cidade querida,
Tu és
minha vida, te amo, te amo!
E,
longe, reclamo viver distante do teu chão.
Saudade
constante me oprime o coração.
Minha
Esperantina, recordo, me lembro
Do
mês de setembro, também de janeiro.
O teu
povo ordeiro, em festas de fervor e oração,
Suplicando
`à virgem e a São Sebastião.
Minha
Esperantina,
Saudade
não mata,
Mas
sempre maltrata
Um
apaixonado coração.
Minha
esperantina,
Te
amo de verdade,
Querida
cidade,
Não
te esqueço, não!
A
banda tocando na porta da Igreja,
O
povo festeja e vai ao leilão.
Não é
paranoia e, sim, real recordação.
Parece
que acordo, mas não é sonho. Não.
É
pura lembrança da vida concreta
Que
está bem discreta no meu pensamento.
E, a
cada momento, me sinto a criança que vivi
E,
sempre lamento morar longe de ti.
Teresina,
20 de janeiro de 2002.
(FORTES, Assis. Coisas da Vida. Teresina: Edição do autor, 2007; p. 122).
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