Memória poética...
MÃOS
Hermínio dos Santos Conde
Qual num jardim florido e loiro bando
De incansáveis e trêfegas falenas,
As tuas mãos mimosas e pequenas,
Se me avistam, vão logo se agitando.
Ao contacto do mundo, às vezes penas
O coração me invadem, mas, voltando
Ao lar querido, tudo esqueço, quando
Sorridente, me avistas e me acenas.
Tivesse visto o autor da bela vênus
Tuas mãos - Essas pétalas de rosa
Dos mais notáveis, imprevistos traços.
E para acrescentar esses pequenos
Primores à sua obra primorosa
Não lhe teria decepado os braços.
(CONDE, Hermínio dos Santos. Mãos. In: AIRES, Félix (Org.). Antologia de Sonetos Piauienses. Brasília: Senado Federal - Centro Gráfico, 1972; p. 44)
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